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Anacrónica (António Nolasco) Portugal no Livro I

Anacrónica

Cavalos desenfreados,
Sem rumo…..
O caminho das estrelas existe….
Nem o vêem !

O buraco negro que existe
Do Universo em turbilhão…..
E o abismo único que apetece
Neste tropel insano.

Crinas ao vento….
Sede do infinito….
Desencanto total.

Passa por mim
O esplendor indómito destes animais
Que fogem…. sabem lá de quê…..

Colho estrelas magoadas….. aos molhos…..
Lágrimas perdidas
Na intemporalidade de uma mágoa total.

António Nolasco, Lisboa 10:12:2000

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