Singradura -Para a minha mãe -
Quando te trago flores, e a esperança
De um dia estarmos juntos, no Infinito,
Carrego no meu corpo, como um grito,
O teu olhar de amor, com segurança.
E velejo o silêncio da lembrança
Como que perde a rota e encontra o mito
Que eu tinha à tua sombra, em som e rito,
No acalanto dos sonhos de criança.
E fico ouvindo a luz do teu perfume,
Que estas flores exalam, como o lume
Que me dá forças para caminhar.
Levando, entre os destroços da tristeza,
O sol que emana da feliz certeza
De um dia a Eternidade nos juntar.
Cemitério de Santo António (02:11:1994
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